domingo, 12 de setembro de 2010

Acreditar sempre

Quem me conhece há algum tempo sabe que sou do tipo "Poliana". Busco olhar sempre e sempre o lado bom das coisas. Às vezes até me sinto meio boba, porque acredito nas pessoas. Acredito no que me contam, acredito no que me prometem.
E por que sou assim? 
Em algum momento da minha vida decidi que seria verdadeira, transparente, absolutamente honesta e justa. Oh... grande coisa, podem pensar. Ela se acha. Pois é, sou assim mesmo e ser desse jeito me trouxe tantos problemas na vida, quanto satisfações.
Bem recentemente, diria que por volta dos 40 (tenho 43), descobri que as pessoas não vão falar a verdade só porque estão lhe contando algo, e nem mesmo quando você se colocar disposto a ouvir a verdade. Não sei se por defesa ou por dificuldade, mas as pessoas não expressam o que realmente pensam, considerando os diferente aspectos ou os diferentes lados de uma mesma história.
Eu faço isso. Falo o valor real das coisas que compro. Falo quanto ganho. Falo se tenho um pensamento maldoso ou interesse particular, quando tomo uma atitude que envolve os outros. Falo se gosto ou não de uma coisa, o que realmente penso sobre algo (agora, só quando me perguntam). Enfim, se não quer saber o que penso, não me pergunte.
Meus filhos ainda estão aprendendo e entendendo esse jeito. Afinal, se não está bom, digo que não está bom e não fico floreando. Quando não vejo capricho, digo. Vejo algo errado, digo. Claro que também elogio quando está bem feito, quando houve esforço, mesmo que o resultado final seja completamente diferente da minha expectativa. 
Escrevi tudo isso, porque vou contar sobre a reunião da qual participei, na semana passada, com um prefeito, um vereador, servidores públicos, comerciantes e moradores do bairro onde moro. Fui como moradora, não como jornalista. Então, participei de tudo absolutamente desarmada, cheia de esperança por uma solução boa para todos (de verdade, boa para todos). E, apesar de saber "que as pessoas não vão falar a verdade só porque estão lhe contando algo", encarno a "Poliana" e acredito que a conversa valeu para melhorarmos algo.
Acredito, porque a experiência de estar em uma reunião como aquela foi muito, muito interessante. Mas, vou contar melhor em outro post.

Nenhum comentário: