segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O prefeito no meu bairro?

Isso mesmo!

Lá estava o Roberto Hamamoto, sem aquele monte de gente que costuma andar atrás dele. Só tinha um fotógrafo e o Agnaldo, que deve ser uma das pessoas ligadas à saúde (pelo menos é o que imagino), ouvindo atentamente tudo o que o prefeito falava.

Nos oito anos em que moro no Jardim Vitória, bairro de Caieiras, essa foi a primeira vez em que vi um prefeito fazendo uma inspeção verdadeira, sem querer mostrar para o mundo que estava lá.

Claro que não fui falar com ele. Estava voltando do supermercado com algumas sacolas na mão. Não sou repórter na cidade. Então, não fazia sentido chegar lá e ficar perguntando as coisas. Sou apenas uma cidadã comum, que tem um blog, mas uma cidadã comum.

Ah, mas, não aguentei e fiz duas “fotinhas” de longe.

O mais interessante foi que enquanto caminhava para o supermercado, pensava como o meu bairro cresceu e o quanto poderia melhorar. Mas, fiquei imaginando: quem olha para esse lugar? Ele está tão abandonado.

Na volta, a surpresa. O prefeito olhando tudo: o postinho de saúde (postinho mesmo, porque ele é bem pequeno), o Centro Esportivo recentemente inaugurado. Não fiquei acompanhando, mas acho que ele viu o trânsito caótico da Rodovia Tancredo Neves, nas proximidades do Federzoni.

Quero crer que o prefeito realmente viu tudo. Inclusive a piscina que poderia ser aquecida e utilizada para aulas de natação e hidroginástica. Ele é médico e sabe o quanto as atividades aquáticas são saudáveis para jovens e adultos, inclusive os da melhor idade.

Fiquei feliz em ver o prefeito nas redondezas. O bairro tem um potencial enorme. As ruas são largas, as casas são bem feitas. Há um comércio emergente. Só precisa de um pouco mais de atenção para ficar um excelente lugar para morar e consumir.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O ônibus é caro ou estou variando?

Isso não é uma matéria. Não entrevistei ninguém, não ouvi as diferentes opiniões.
É só um desabafo de quem precisa andar de ônibus em Caieiras.

Cada vez que tenho que ir para a Cresciuma é um martírio. Penso umas 500 vezes, porque estou sem carro e Caieiras não é o melhor dos lugares para se andar a pé ou de ônibus.

Para começar, nunca sei, olhando a letra e o número do ônibus, se ele vai seguir a Tancredo Neves, passar pela estação, subir para a Cresciuma ou se vai atravessar o viaduto, seguir pela João Dártora, ir para a estação ou, ainda, se vai pela Valdemar Gomes Marino, subir a São Luiz, entrar pela Olindo Dártora.

Definitivamente não sou burra. Não uso ônibus diariamente e, quando uso, nunca vou para os mesmos lugares. Então, como posso reconhecer as tais letras e números? Será que não seriam necessários cartazes nos pontos, com os itinerários? Ah... talvez seja pedir demais, não é?

Ir ao Senemby, então, parece uma viagem. Da minha casa, no Jardim Vitória (bem perto da rodovia Tancredo Neves), até o Colégio são 3,1 km (nove minutos de carro ou 40 minutos à pé).

Estava indo para o ponto e passou um ônibus chamado Santa Inês (claro que nem olhei o número). Os motoristas raramente param fora do ponto. Mas, como o trânsito não andava, arrisquei dar sinal. Afinal, na minha cabeça, o Santa Inês passaria na Olindo Dártora, para ir para o Morro Grande e depois Santa Inês. Então, seria a melhor opção para chegar no meu destino. “Mas que sorte”, pensei.

Acontece que o ônibus não faz o percurso que achei tão óbvio. Ele vai pelo bairro de Laranjeiras. Entra em Caieiras, mas não sobre para o Jardim Santo Antonio ou Cresciuma. Aliás, pouquíssimos ônibus desse sentido passam pela Cresciuma.

Ou estou louca, ou a viação Caieiras não está muito preocupada com as necessidades dos passageiros dos bairros. Um dia, prometo, vou pesquisar isso melhor e entender a estratégia dos itinerários de ônibus em Caieiras. Mas, de momento, só posso dizer que paguei R$ 2,65 para percorrer 2,1 km e descer na 14 de dezembro. Longe do meu destino final.

Se quisesse pegar outro ônibus, precisaria caminhar mais 600 m, até o ponto mais próximo, na Guadalajara, esperar sei lá quanto tempo e pagar mais R$ 2,65 ou R$ 2,70 ou, até R$ 3,00, dependendo do que passasse, para subir mais 650 m e caminhar mais uns 900 m até o Senemby. Fiquei com tanta raiva, que decidi subir a pé mesmo e queimar umas calorias.

Que fique bem claro que não estou me recusando a gerar recursos para a Viação Caieiras. Mas, também não estou rasgando dinheiro.

Uma vez por semana estou em São Paulo, na Chácara Santo António, Rua Fernandes Moreira. Geralmente, de lá tenho que ir para Moema e, às vezes para a Brigadeiro Luiz Antonio ou Avenida Paulista. Com o cartão de tarifa única da SPtrans, entro no primeiro ônibus, pago R$ 2,65 e subo até a avenida Vereador José Dinis. Posso ir a pé, mas às vezes dá preguiça, são quase 2 km. Desço em qualquer ponto e pego outro ônibus até o Shopping Ibirapuera (3,8 km), pagando R$ 0 (isso mesmo, nada). Cumpro um compromisso de uma hora e volto ao corredor de ônibus para pegar um que suba a Brigadeiro (mais 6 km). Quanto pago? Nada!

Na capital há um limite de tempo para as pessoas se locomoverem, pagando uma tarifa de ônibus. Não é incrível? E nem falei que se precisar de metrô, após o ônibus, pagarei algo em torno de meia tarifa, ou R$ 1,37.

Não sei, mas acho que tem alguma coisa errada no preço do ônibus em Caieiras. Ou será que estou variando mesmo?

O que é privacidade?

"Que tal a gente ter privacidade no computador?" Perguntou minha filha de 8 anos.
Respondi com outra pergunta: "Mas o que é privacidade?" Eu queria entender se ela sabia o que estava pedindo.
E ela me respondeu: “é tipo quando estamos no banheiro e não queremos que ninguém entre.”
Então, explicou que não acha justo todos de casa usarem a mesma conta de entrada no computador que, por acaso, está no meu nome. Ela acha que tem que ter a própria conta. Aliás, que cada um de casa deve ter a sua.
Posso eu com uma pessoa assim, aos 8 anos?