sábado, 29 de maio de 2010

Um filme de presente

Hoje descobri que nunca, jamais na minha vida tive o real controle das coisas.
Elas me são dadas porque eu as desejo. Mas, verdadeiramente, não acontecem como e quando eu quero.
Filmes, por exemplo, sempre me julguei amante de filmes. Mas , raramente vou ao cinema. Raramente alugo um filme.
Eles me vêem de presente e hoje ganhei um dos melhores: Diário de Uma Paixão. Como sobrevivi nesses últimos seis anos sem ter visto esse filme?!?!?!?
Hoje, parar em casa e ficar de bobeira em frente à TV era o mais improvável. Mas, uma mudança de planos me fez ficar em casa por um tempinho. O tempo exato prá assistir esse filme delicado, apaixonante, emocionante. Desses que me fazem chorar de soluçar, de tristeza e alegria, de uma emoção tão profunda, tão profunda, que deixam a alma leve.
Esse não é daqueles filmes que assistimos prá esquecer da vida e quando acaba já esquecemos o filme, como disse um dia meu professor de cinema.
Não, esse é um filme prá gente lembrar da vida, lembrar do amor, da sorte de ainda se viver uma paixão.
Pensei em você Vó, pensei muito em você. No quanto merecia ter alguém para contar a sua história tão intensa, enquanto partia levada pela insanidade. Pensei em você, Rê, no amor que sinto, na paixão que tenho. Pensei no quanto seria bom continuar envelhecendo do seu lado, se possível com as mentes sãs, prá lembrarmos juntos das aventuras que ainda vamos viver. Pensei no quanto vai ser bom poder contar pros nossos netos as histórias que ainda vamos escrever, juntos, sempre juntos.
Hoje descobri que as coisas não acontecem como e quando eu quero. Mas, elas acontecem de um jeito ou de outro só porque eu quero.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Nada é tão ruim, que não possa ficar pior

Matéria publicada no site do Diário do Grande ABC, fala sobre indefinição da situação de aterro sanitário de Santo André (SP), interditado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) desde o dia 19 deste mês. Parte do lixo da região está vindo para Caieiras.

A matéria não cita a quantidade reservada para nós. Eu também não apurei o assunto. Mas, imagino que não seja pouco.

Só fico pensando: o que fazer? Rezar, chorar, reclamar (talvez para o Bispo)...

Veja matéria: http://www.dgabc.com.br/News/5812690/aterro-continua-fechado-em-sto-andre.aspx

domingo, 23 de maio de 2010

Quem fala o que quer...

O legal e, também, o maior perigo do e-mail, blog, twitter, etc etc é que você fala o que quer. Bom, pode até ouvir o que não quer. Mas, o pior é que o texto uma vez publicado, mesmo apagado, pode perpetuar.

Ele vai seguir pelo mar, como um bilhete na garrafa, e um dia alguém vai encontrar. O que pode acontecer, então, só Deus sabe!

Por isso, todo cuidado é pouco. Toda emoção é muito quando se trata de internet.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pizza quatro queijos

Não sei se é assim com todo jornalista. Mas, pra mim, escrever é tão sagrado. Todo texto que eu faço tem muito de mim, o meu tempo, meu pensamento, minha força de trabalho, minha paixão.

Eu não ligo quando o texto é modificado por um editor ou pelo gestor do assunto. Juro que não. Mas, sinto tanto quando parte da história ou da entrevista que compunha o conjunto é excluída.

Ver um texto publicado pela metade é como receber uma pizza quatro queijos só com a mussarela e o parmesão. Dá pra entender?

Então, resolvi publicar nesse espaço, que é todo meu, o texto por inteiro. Pode ser um capricho, paciência, mas não é ilegal.

Sábado voluntário para a APAE

Um triciclo e 10 motos fizeram “A FESTA” na APAE de Caieiras, no dia 8/05.

Você sabe a diferença entre motoqueiro e motociclista? Teoricamente, não há. Ambos usam uma moto (ou motocicleta) para se locomover e é esse fato que determina as nomenclaturas. Mas, na prática aqueles que utilizam o veículo como um meio de locomoção, de lazer ou hobby e adotam uma atitude de respeito no trânsito, gostam mesmo é de ser tratados como motociclistas.

E muitos desses motociclistas, por fazerem do seu hobby um estilo de vida, reunidos em grandes grupos, perceberam que podem ir além da diversão, exercendo um papel de responsabilidade social.

É o que acontece com os integrantes do Highlanders Moto Clube, de Caieiras, que dedicam à APAE da cidade atenção e parte do seu tempo, com doações e trabalho voluntário.

No dia 8/05, onze integrantes reservaram o sábado para distrair e divertir a meninada da APAE. Cerca de 30 crianças passearam pelas ruas da cidade em motos e em um triciclo. Muitas delas, puderam sentir pela primeira vez a emoção de estar sobre duas ou três rodas.

Diversão com total segurança

Acompanhados por uma equipe da Guarda Municipal, cada grupo de jovens com os Highlanders em suas motos saiam da sede da APAE, com sirenes ligadas, passavam pela Câmara Municipal, avenida Professor Carvalho Pinto, avenida Olindo Dártora e retornavam para a instituição. “Foi um delírio”, lembra Flávio Assoni, diretor secretário da APAE de Caieiras. “A conversa na segunda-feira foi o passeio, que se transformou num acontecimento inesquecível para quem tinha andado de moto pela primeira vez”, destaca.

Além da Guarda Municipal, o Highlanders Moto Clube teve o apoio da Tiger Segurança que garantiu a proteção dos jovens da APAE de Caieiras.

Elita Alves da Silva, mãe de Rafael (26), não acompanhou o evento de perto, mas sabe que foi um sucesso. “Fico tranquila em deixar meu filho com a equipe da APAE. Eles sabem o que fazem e o que é bom para os jovens”, comenta.

Rafael, que adora acompanhar esportes radicais se realizou. “No sábado, o Rafa participou do passeio de moto e foi para um evento no Centro Cultural. Ao final, me disse: agora para fechar com nota 10, uma pizza. Essa foi a prova de que o dia dele realmente foi muito bom”, comenta Elita.

“Foi muito bacana. Tinha criança que não dormia direito há dois dias pensando no evento”, comenta Thiago Leme, diretor de eventos do Highlanders. “Queremos fazer mais coisas pela APAE”, declara. “Gostamos de estar com as crianças”.

“Meu filho foi um desses que não dormiram”, destaca Luzia A. Rosa Romão, mãe de Luan (18), aluno da APAE há quatro anos. “Ele estava super eufórico no dia. Está falando até hoje da moto e perguntando quando vai ter de novo”.

Luzia também fez o passeio e pode constatar o quanto foi emocionante. “Caieiras parou”, ela disse.


Fazer mais pela APAE

Para fazer mais, os Highlanders, que não pagam mensalidade de manutenção do Moto Clube, buscam todo o apoio que podem. Antes do passeio, em março, quando a atual formação do grupo completou três anos, organizaram uma festa em que arrecadaram 80 quilos de alimentos e uma jaqueta, doada pela Caieiras Moto, para ser usada pela APAE na angariação de fundos.

A jaqueta foi rifada, rendeu R$ 500,00 e o ganhador José dos Santos Matos, funcionário da Sabesp, já está com seu prêmio.

Para a realização do passeio de moto, os Highlanders sairam em busca de mais patrocínios, conseguindo o apoio de Microlins, HD Centro Automotivo, Vila Verde I, Aqua Surf, La Bambinas Pizzaria, JMD Ferros e Ferragens, Infinity Formaturas, Moto Clube Família Terror do Asfalto, de Cajamar, e do vereador Paulão do Sítio.

“É gratificante ver todo o envolvimento e a doação sincera dos integrantes do Highlanders Moto Clube para propiciar aos nossos jovens um dia mais feliz”, destaca Flávio. Para ele, essa é a prova maior de amor ao próximo, pois os motociclistas fizeram daquele sábado um dia bem diferente, alegre e festivo para os jovens.


O Highlanders Moto Clube

O clube existe formalmente desde março de 2007. É presidido por Ricardo Alexandre Martins. Possui cerca de 22 integrantes, de diferentes idades, que participam e divulgam o nome de Caieiras em uma série de eventos de Motos Clubes em todo o país.

Para saber mais sobre o Highlanders Moto Clube, acesse o site www.highlandersmotoclube.com


Colabore você também


A APAE de Caieiras fica na rua Bolívia, 433, Centro.
Para quem quiser conhecer o trabalho realizado, fazer doações, ou ser voluntário, basta ligar para 4605-2342.

Por:
Isabel Duarte – mtb 22.259
Voluntária

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vergonha alheia

Essa expressão não foi inventada por mim e não tenho certeza absoluta se partiu da amiga morena ou da amiga loira. Vou checar e conto assim que souber.

Bom, o que importa é que vou usá-la daqui por diante, muito estimulada pelo tempo e envolvimento com a cidade de Caieiras (onde, por acaso, moro).

Vou explicar: vergonha alheia significa sentir vergonha pela besteira - ou fora - de outra pessoa. E Caieiras, nesses sete meses de convivência intensa, se tornou uma fonte inesgotável de vergonhas alheias.

Há 20 anos, quando falava que morava em Caieiras e ninguém sabia onde ficava, levava numa boa. A cidade era bem bonitinha, não tinha poluição, não tinha barracas nas ruas, nem buracos, mas tinha ruas de paralelepípedo - o que era o máximo! Não tinha assaltos, arrombamentos, chacinas. A cidade nem aparecia no mapa, mas...para que? Era um refúgio bom depois de um dia de trabalho na capital.

Naquela época, éramos uns 30 mil habitantes, chutando.

Hoje, as pessoas continuam não sabendo onde fica Caieiras. Mas, já ouviram falar alguma coisa sobre a cidade. "Não é para lá que vai grande parte do lixo da capital?"

Sim!!! E isso deixou a cidade tão importante. Todos os dias sai algo na mídia. Principalmente em tempos em que encontrar uma solução para o lixo torna-se um sucesso.

O pior é que a solução mentirosa foi criar um lixão atras de um morro, em uma cidade que não aparece no mapa, há 40 km da capital. Noooossa... "São Paulo encontrou uma excelente solução para o problema do lixo...", publicou outro dia a editora Abril em encartes sobre cidades sustentáveis, ou algo assim, em várias de suas revistas.

Diria que essa é a maior das vengonhas alheias. Executivo e legislativo de Caieiras, que se combinam muito bem (quero dizer, jamais de opõem), permitiram o maior dos crimes contra uma cidade que tinha tudo para comportar condomínios de alto padrão, como Valinhos e Vinhedo.

Mas, caipira de visão curta é fogo. Quantos tipos assim já tiveram fortunas nas mãos que acabaram rapidinho em farras?

Hoje, quem mora em Caieiras, em bairro pobre ou nobre, não sente mais o cheiro de eucalipto, que tomava a cidade no final da tarde. Convive com o mal cheiro exalado do local que deveria ser exemplo de respeito ao ambiente e à sustentabilidade. Essencis Soluções Ambientais é o nome do que deveria ser um local de tratamento de resídios que, na verdade, nada mais é do que o lixão de Caieiras.

Ai que vergonha!!! Ai que vergonha alheia.